Como a Igreja foi formando a Democracia, após a grande crise da destruição dos bárbaros

Como também apontou João Paulo II, as “Regras” das ordens de São Bento, dos monges de São Bernardo, dos franciscanos e principalmente a dos dominicanos são claramente democráticas, com eleições em todas as instâncias (abades, gerais, com parlamentos, formas de consulta da base etc), busca de consensos etc.

A estrutura monástica era democrática já nas unidades da Tebaida, região do Egito próxima de Tebas do Egito. O mesmo vale para as organização das paróquias, dos bispados, dos Sínodos, a organização dos conventos e das instituições eclesiais em geral. 

A estrutura das ordens e das congregações religiosas influenciou a gestação das idéias democráticas, junto com a formação das comunas após o período de destruição pelos bárbaros.

Ocorreu o mesmo com a estrutura dos Concílios, que foi utilizada para os Parlamentos.

Da mesma forma, a eleição de bispos (e sacerdotes) e as eleições dos papas foram fontes decisivas para o florescimento dos governos representativos, dos parlamentos nacionais (inspirados também nos governos representativos das cidades e nos parlamentos regionais) etc.

Além destas estruturas eletivas e representativas, houve também, como causa teórica, o pensamento claramente democrático dos Santos Padres, baseado na síntese entre o pensamento hebraico e grego-romano.