Por uma República cooperativista, com cooperativas públicas, amplo setor cooperativista, a fórmula de Buchez, Ketteler e Ozanam

Francisco I, no discurso na Confederação Italiana das cooperativas, em 2015, criticou o liberalismo e a ideia que as empresas capitalistas podem abolir a miséria com “responsabilidade social” (marketing).

“O terceiro encorajamento é relativo à economia, à sua relação com a justiça social, coma dignidade e o valor das pessoas. Sabe-se que um certo liberalismo pensa que é necessário primeiro produzir riqueza, e não importa como, para depois promover alguma política redistributiva por parte do Estado. Primeiro encher o copo e depois dar aos outros. Outros pensam que é a própria empresa que deve conceder as migalhas da riqueza acumulada, cumprindo assim a chamada «responsabilidade social». Corre-se o risco de se iludir de praticar o bem enquanto, infelizmente, se continua apenas a fazer marketing, sem sair do circuito fatal do egoísmo das pessoas e das empresas que têm no centro o deus dinheiro”.

Friso que a Igreja defende “políticas redistributistas” e também “responsabilidade social”, mas só isso não basta.

É preciso amplas políticas redistributivistas, responsabilidade social livre e também obrigatória pelo Estado, mas o mais importante é transformar as grandes empresas privadas em cooperativas, unir as pequenas e médias empresas familiares em redes cooperativas e também transformar as estatais em cooperativas públicas, tal como o Estado numa República cooperativista.

A fórmula de Buchez, Ketteler e Ozanam.