Boa parte das grandes empresas nasceram como estatais, ponto que os neoliberais escondem

No livro do Senador Landulpho Alves, “O problema brasileiro do petróleo” (Rio, Ed. A Noite, 1954, p. 248), consta que a Shell era estatal. Não havia petróleo nas Ilhas Britânicas. Então, o Estado inglês criou a Shell, empresa em que “a maioria das ações pertence ao Tesouro inglês”, para explorar petróleo nas “jazidas”, de “outras partes do mundo”.

O Estado inglês não confiou no “caapital internacional”. Da mesma forma, a Anglo Iranian Oil Co, no Irã, era outra estatal, cuja “origem” não é outra, que o “próprio governo inglês, ligado ao Erário do país”. 

Os grandes canais, de Suez e do Panamá, foram criados pelo Estado, e não por grandes empresas privadas. 

As grandes ferrovias eram estatais, mesmo no século XIX. 

A telefonia foi criada, na Europa, pelo Estado.

A Nasa, nos EUA, é uma estatal. 

As grandes empresas de construção de carros (metalurgia), como a Volkswagen ou a Fiat, ou as empresas francesas (Renault), foram criadas como estatais. 

Não há nada de errado com estatais. São perfeitamente sinérgicas com a pequena e média empresa familiar.