Doutrina Papal sobre estatização e economia mista

Pio XI, na “Quadragesimo anno” (1931, n. 114), foi claro como a luz do sol – “os princípios cristãos” “com razão pretendem que certos gêneros de bens sejam reservados ao Estado, quando o poderio que trazem consigo é tal que, sem perigo do mesmo Estado, não podem deixar-se em mãos dos particulares”. 

O Papa Pio XI, na “Quadragesimo anno” (n. 46), frisou bem – “deve, portanto, evitar-se cuidadosamente um DUPLO ERRO, que se pode cair. Assim como negar ou cercear o direito de propriedade social e pública precipita no chamado individualismo, ou dele muito se aproxima, assim, também, rejeitar ou atenuar o direito de propriedade privada ou individual leva rapidamente ao coletivismo”. 

O Vaticano 2 sintetizou isso – “os direito de domínio particular não impede o direito das propriedades públicas, que se reveste de várias formas”. 

A Igreja ama a economia mista, ou seja, a pequena propriedade familiar; as cooperativas; os sindicatos; as micro, pequenas e médias firmas; a pequena e média propriedade familiar rural; as estatais; as moradias familiares; os controles estatais da economia; a renda básica estatal para todos, etc.

A Igreja nunca viu com bons olhos os trustes, cartéis, latifúndios, grandes empresas sociedades anônimas, o capital financeiro, os rentistas etc.