Setor de mineração no Brasil. Presença estatal deveria aumentar drasticamente

O Brasil tem cerca de 3.500 minas de minerais. No tempo de Getúlio Vargas, boa parte do setor de mineração era ESTATAL. Hoje, boa parte pertence a multinacionais e ao grande capital privado, por causa dos neoliberais (destaque para Collor-Itamar e FHC, três entreguistas). 

Há minas de grande porte (que extraem mais de um milhão de toneladas de minério por ano), minas de médio porte (que extraem entre cem mil toneladas a um milhão de toneladas por ano) e minas de pequeno porte (que extraem entre dez mil a cem mil toneladas de minérios por ano). 

As maiores são as minas de minerais metálicos. Especialmente ferro (hematita), cobre, alumínio (bauxita), estanho (cassiterita), chumbo, ouro, prata, nióbio, manganês (pirolusita) etc. Há também minas de titânio, urânio, sal, barita, areia, caulim, calcário, carvão, enxofre etc. 

Há cerca de 72 minerais com importância econômica. A ciência já classificou cerca de quatro mil minerais, o que mostra como a ciência ainda engatinha nesta área.

Os minerais se dividem em minerais metálicos, não metálicos e energéticos (carvão). 

O correto seria estatizar as minas de grande porte e parte das minas de médio porte.

As minas de pequeno porte podem ser particulares, com amplo controle estatal, de preferência, de cooperativas. 

Getúlio Vargas fez um plano muito bom. O Brasil teria minas estatais, especialmente de ferro, controladas pela Companhia estatal da Vale do Rio Doce (doada por FHC). Depois, o minério iria via ferrovias estatais (privatizado por FHC, entreguista da pior espécie) ou hidrovias para as usinas siderúrgicas, com destaque para a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN, doada por Itamar Franco) e outras usinas estatais (doadas privatizadas por Collor). O ferro estatal viraria aço nacional. Depois, iria para a FNM (Fábrica Nacional de Motores, privatizada pelos militares e por FHC), para virar carros, caminhões, trilhos de ferrovias, navios, locomotivas, navios, onibus, bondes, metros etc). Parte da produção iria depois para a Lloyd (privatizada pelo entreguista FHC), que transportaria, nos oceanos. No litoral, atuaria a Costeira, outra estatal para transporte costeiro. A Petrobrás e as Hidrelétricas estatais produziriam a energia. O carvão também seria estatal. O projeto era simples e bom. Havia mesmo previsão de reforma agrária, via colonização e Marcha para Oeste. 

O Brasil está entre os três maiores produtores de minerais do mundo. Produzimos, só de minério de ferro, cerca de 400 milhões de toneladas por ano. Infelizmente, o Brasil é uma colônia, pois exportamos matérias primas (“commodities”). Basta pensar que 93% das exportações do setor de mineração do Brasil é composto de minério de ferro.

O correto seria o Brasil transformar o minério de ferro em aço e o aço em máquinas.

Devíamos exportar máquinas, como ensinaram os grandes mercantilistas, Colbert, por exemplo.

FHC privatizou boa parte do setor de mineração, em sua política neoliberal entreguista e suicida. Na década de 90, o Brasil e a Rússia foram os principais países saqueados pelo imperialismo. Exportar matérias primas é rematada tolice. Suicídio. Política colonial, entreguista. 

O Brasil produz cerca de 75 toneladas de ouro por ano. 

Há boa produção de calcário, areia (silício), quartzo, diamantes, esmeraldas, topázio, rubis, argila, cimento, fosfato etc.

O Brasil produz 98%¨do nióbio do mundo. Nióbio é essencial para a produção de aços especiais.

Economia mista é a melhor solução. No caso de minerais, como estes são recursos finitos e que deixam apenas buracos, a extração deveria ser quase toda estatal, na parte grande e média, para que esta matéria prima essencial fosse usada no processo de industrialização do Brasil, para nossa independência econômica e prosperidade do povo.