Economia mista, síntese da autoridade com a liberdade pessoal

Alceu, especialmente após a leitura de Maritain (e, depois, de Mounier e Thomas Merton, e Chesterton), defendia uma síntese superior, entre o princípio da autoridade (unidade social, justiça, bem comum) e a liberdade das pessoas. Esta síntese é formada pela economia mista, autoridade (Estado, regras sociais, costumes) e liberdade pessoal, sem anular as duas. 

Economia mista é a síntese entre o bem pessoal, familiar e social (da sociedade, inclusive do Estado), ou seja, é outra expressão para bem comum, que abarca estes três bens, numa síntese, como faz a economia mista. 

Usando outra terminologia, uma sociedade pautada pela subsidiariedade e pela solidariedade. Em outra terminologia, uma sociedade que concilia justiça (especialmente social) e liberdade, justiça e liberdade. 

A Igreja sempre luta por justiça social. Pio X, em carta ao Episcopado do Brasil, em 06.02.1911, ordena os bispos católicos do Brasil a ajudarem os operários a organizarem sindicatos.

Leão XIII, em 05.05.1888, em carta a Princesa Isabel, Carta Pastoral “In Plurimis”, exorta os bispos e católicos a fazerem a abolição dos escravos, no Brasil. A Lei Áurea, de Isabel, em 13.05.1888, foi apoiada pela Igreja. A princesa Isabel se chamava Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon.

Na Carta “In Plurimis”, Leão XIII, reiterando vários outros documentos de vários Papas, condena a escravidão, no mundo todo e no Brasil.  Leão XIII foi um grande Papa abolicionista e também defensor dos trabalhadores, na “Rerum novarum”, de 1891.