Democracia popular, nacionalismo, bem estar social, fórmulas corretas na China, Indonésia, Turquia, Irã, Mongólia etc.

Na China, Sun Yat Sen (1866-1925) resumiu sua bandeira política com base em “três princípios do Povo”, “nacionalismo, democracia e bem estar do povo”. Mesmo apesar dos erros futuros do Kuomintang, estes princípios estavam corretos e estão corretos.

Sun Yat Sen era cristão, tal como era cristão o principal movimento camponês, na China, no século XIX. Sun foi o principal líder na instauração da República, na China, em 1911, sendo o Pai da República da China. Escreveu o livro “Os três princípios do povo”, bem próximo da doutrina social da Igreja. 

Na Indonésia, Ahmed Sukarno (1901-1970), que liderou a luta pela independência de sua nação, e governou a Indonésia de 1945 a 1965, resumiu sua política com o termo “pancasila”, “cinco princípios”, “justiça social, monoteísmo, unidade nacional, humanismo e democracia”. Estes princípios foram incorporados na “Constituição” da Indonésia, de 1945.

No Egito, Nasser; na Turquia, basicamente o mesmo; no México, idem, com Cárdenas; na Mongólia, a Democracia popular; na Índia, mais ou menos igual, com o Partido do Congresso, com base nas ideias cristãs e hindus, de Gandhi. O mesmo no Irã, nacionalista e acentuado depois na República xiita, bem próxima de ideias da teologia da libertação. O Irã buscou intensificar o diálogo religioso com os católicos, inclusive com a Teologia da libertação. 

No fundo, como mostrou Hans Kung, há uma ética política e econômica mundial, baseada nas linhas gerais da Democracia popular, do distributismo, do Estado social. Esta ética mundial tem basicamente o mesmo conteúdo da Ética católica, ecumênica, universal (o termo “católico” significa “universal”, e há uma razão para isso).