O Padre Dominique de Pradt, secretário pessoal de Napoleão. Bom exemplo

Os livros do abade francês Dominique-Georges Frédéric De Pradt (1757-1837), de 1802 a 1824, deram amplo suporte teórico ao movimento da independências dos povos da América Latina.

Pradt foi o secretário particular de Napoleão. Foi também Bispo de Poitiers (sucedendo ao bispo Barnaba Chiaramonti, que se tornara Pio VII) e, mais tarde, Arcebispo de Mechelen. Napoleão morreu na Ilha de Santa Helena, bem perto do Brasil, no Atlântico. Deixou o livro “Memorial de Santa Helena”, onde se mostra bom católico, defensor de um Estado popular. É o testamento político de Napoleão, obra magnífica mesmo. Alexandre Dumas, grande escritor católico, foi um grande admirador de Napoleão. 

O padre Pradt teve ampla participação na Concordata de 1801, entre Napoleão e o Papa Pio VII, que selou a reconciliação entre o Estado francês com fundamentação na Revolução Francesa e a Igreja Católica. Nesta Concordata, atuaram também François Chateaubriand e o grande Cardeal Hércules Consalvi, também defensores da teoria política cristã de um Estado popular.