Princípio da destinação universal dos bens faz parte essencial da ética natural e cristã

Como foi ensinado pelo Pontifício Conselho “Cor Unum”, do Vaticano, no documento “A fome no mundo” (São Paulo, Ed. Loyola, 1997, p. 40):

o princípio da destinação universal e comum dos bens da terra situa-se bem no âmago [na essência] da justiça social. O Papa João Paulo II expressou-o assim: “Deus deu a terra a todo o gênero humano, para que ela sustente todos os seus membros, sem excluir nem privilegiar ninguém”. Nunca é demais reiterar esta afirmação constante na tradição cristã, embora evidentemente diga respeito à humanidade inteira, para além da pertença confessional. O axioma constitui em si mesmo um fundamento necessário para a edificação de uma sociedade de justiça, paz e solidariedade. Com efeito, geração após geração, devemos considerar-nos como administradores transitórios dos recursos da terra e do sistema de produção”.