A religiosidade do jovem Frederich Engels, o amigo de Marx

O jovem Engels, quando era cristão (leitor de Krumacher, um Pastor escritor que viveu em Bremen), numa carta a Friedrich Graeber (em 15.06.1839), elogiava o amor de São Pedro pela razão, no trecho em que o líder dos Apóstolos falava do “leite racional” do Evangelho: “desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo, se é que já provastes que o Senhor é benigno”, bondoso, aspirando sempre ao bem comum (cf. 1 Pd 2,2-3).

Engels elogia, nesta carta, homens que “passaram a vida aspirando a união com Deus”, como “Borne, Spinoza ou Kant”, três grandes democratas com forte religiosidade. O jovem Engels, o sócio de Marx, termina a carta dizendo: “quanto daria por ver claro eu mesmo!”. Ludwig Borne foi inspirado por Lamennais, um grande católico. Kant foi inspirado por Rousseau e Montesquieu, dois católicos, ainda que Rousseau tenha morrido como protestante, mas foi católico quase toda a vida.