Todos devem ter bens, poderes, conhecimentos, vida plena

A principal proposição da teologia tradicional, natural, tomista, política e da teologia da libertação: todos devem participar do poder, para que o poder seja bom, para que a sociedade se auto-organize assegurando, promovendo e ampliando cada vez mais o bem comum, o bem geral, o bem de todos.

A expressão “bem comum” – como foi definida por Pio XII, João XXIII ou pelo Vaticano II – significa, no final das contas, a realização dos direitos humanos naturais, o acesso de todos aos bens (jurídicos, sociais, materiais, culturais, morais etc) necessários e suficientes para assegurar a todos uma vida digna, abundante, plena e feliz.

Conclusão: o grande conflito entre o Bem e o mal é justamente a luta em prol do bem comum contra a tirania, a escravidão, a opressão, a reificação, a degradação do ser humano.

Trata-se da luta pela humanização de todas as relações sociais. O ideal cristão busca a criação de uma camada de noosfera, de cultura viva, pautada pelo amor, pela vida (cf. “o mortal seja absorvido pela vida”, II Cor 5,4), pelo bem geral.

A “práxis libertadora” é, de fato, um lugar de união com Deus, dado que a vida do Espírito é a prática do bem, a luta em prol do bem comum.