Leão XIII expôs bem as raízes da filosofia cristã

Leão XIII, na encíclica “Aeterni”, passa a enumerar os principais filósofos entre os Santos Padres:

Merece, entre esses, o primeiro lugar, São Justino, mártir, que depois de ter freqüentado as celebérrimas Academias dos gregos, viu que só das doutrinas reveladas é que pôde extrair a verdade, como ele mesmo confessa, e abraçando-as com todo o ardor da sua alma, as purificou das calúnias, defendeu-as veementemente e, eloqüentemente diante dos Imperadores Romanos, e com elas harmonizou grande número de opiniões dos filósofos gregos”.

São Justino foi um dos precursores da “filosofia cristã”, harmonizando “grande número de opiniões dos filósofos gregos”. São Justino nasceu em Siquém (atual Nablus), na Palestina. Era um filósofo aristotélico e platônico, que se converteu lá por 130 d.C. Viveu em Éfeso e depois em Roma, onde morreu como mártir, lá por 165 d.C.

São Justino deixou duas “Apologias” o “Diálogo com o judeu Trífon”. A base de sua ética é a concepção do “Logos spermatikós” (cf. “Apologia II, 6,8). O critério moral de São Justino é o de viver segundo a razão, o “logos”, sendo este o critério adotado pelos estóicos, por Aristóteles e pelo platonismo.