O mal do belfegorismo

Benda (1867-1956) cunhou o termo “belfegorismo” para designar as pessoas que desdenham a inteligência e vivem à procura de sensações e prazeres. As pessoas irracionais adoram Belfegor, o ídolo dos moabitas. Benda redigiu vários textos criticando o antiintelectualismo e o sensualismo, ressalvando que os prazeres moderados e racionais são bons, queridos por Deus. Neste ponto, Benda seguia a tradição da Bíblia, da Paidéia e dos clássicos franceses, especialmente Descartes, no livro “Tratado das paixões”, uma de suas últimas obras, que inspirou os melhores textos de Spinoza e de Locke. Benda escreveu obras tolas, algumas detestadas por Maritain, mas também deixou bons textos.