Igreja e Paidéia em prol da democracia popular, com economia mista etc

A Igreja também recepcionou os melhores textos dos Proculianos (Labeão e outros grandes juristas), de Sêneca, Horácio, Epíteto, Virgílio, Augusto, Quintiliano, os dois Plínios, Tácito, Galeno (129-199 d.C., um grande platônico-aristotélico eclético), Plutarco (que exerceu enorme influência na Revolução Francesa, diga-se de passagem), Gaio, Ulpiano, Papiniano e tantos outros. 

Emílio Papiniano, por exemplo, foi morto a mando de Caracala porque não quis prostituir a ciência jurídica, justificando um homicídio. Pietro Bonfante redigiu um grande elogio a Papiniano, no livro “Storia del diritto romano” (3ª. ed., Roma, 1934). O melhor do direito romano foi recepcionado pela Igreja, como fica claro nos textos de Justiniano e de outros imperadores cristãos, tal como de reis bárbaros cristãos. Os melhores textos do direito romano contêm a teoria política democrática dos gregos, dos romanos e da Antiguidade. Ensinam que o povo é o legislador natural, que o povo deve autodeterminar-se. E o melhor da Paidéia, como a Bíblia, dizem que o governo deve ser popular, democracia popular, com economia mista, com justiça social, distributismo, com difusão dos bens, com bens públicos, estatais, controles públicos da economia, bom sistema tributário etc.