Platão, socialista, democrata e favorável às mulheres

Como resume bem o livro “Diccionario de filósofos” (Madrid, Ed. Rioduero, 1986, p. 1057, no verbete Platão), editado pelo Centro de Estudios Filosoficos de Gallarate, Platão terminou a vida esposando a democracia popular, adepto de um Estado protetor dos trabalhadores, do povo, das mulheres.

No seu último livro, “Leis”, Platão ensina que o poder deve ser a concretização da “nomos”, da “lei”. Na famosa “Epístola VII” (334 C), Platão ensina “minha opinião é que nem a Sicília e nem qualquer outro país devem continuar sujeitos a déspotas, e sim às leis”. A nomocracia é a democracia real. Platão critica Creta e Esparta, pois estes Estados concentravam seu processo pedagógico na fortaleza, para gerarem guerreiros. Platão ensina que a base do poder verdadeiro é a educação plena, em todas as virtudes, inclusive na fortaleza. O livro “Leis” tem um modelo socialista e distributista. Neste modelo, as leis são feitas pelo povo, por assembleias, com eleições, tendo também um Conselho de Anciães.